Mato Grosso permanece liderando VBP Nacional, com R$ 210,15 bilhões

Ministério da Agricultura aponta que a economia mato-grossense responde por 17,5% da receita do agronegócio.

Mato Grosso permanece há alguns anos na liderança no ranking nacional do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) apurado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com base nas informações de janeiro de 2022 o VBP do Brasil será de R$ 1,20 trilhão, e o mato-grossense, de R$ 210,15 bilhões (bi) o correspondente a 17,5% do nacional. O crescimento do valor nas lavouras nacionais no comparativo com igual período em 2021 foi de 10,3% e a pecuária sofreu retração de 8,6%.

Em ordem decrescente, os melhores desempenhos estaduais no VBP foram alcançados por Mato Grosso, R$ 210,15 bi; São Paulo, R$ 154,53 bi; Minas Gerais, R$ 138,35 bi; Paraná, R$ 133,67 bi; e Rio Grande do Sul, R$ 119,74 bi.

Na soja o VBP nacional encolheu de R$ 373,36 bi para R$ 360,05 bi, com queda percentual de 3,49%; em Mato Grosso o saldo da movimentação na lavoura da leguminosa foi positivo passando de R$ 98,71 bi para R$ 101,47 bi com crescimento percentual de 2,98%. Em ordem decrescente o VBP da soja alcançou R$ 61,53 bi, no Rio Grande do Sul; R$,36,71 bi, no Paraná; R$ 35,91 bi, em Goiás; R$ 34,83 bi em Mato Grosso do Sul; R$ 19,92 bi, na Bahia; e R$ 18,17 bi, em Minas Gerais.

O milho nacional registrou VBC de R$ 73,73 bi, com crescimento proporcional de 12,33% sobre o desempenho de R$ 64,81 bi em janeiro de 2021. Em Mato Grosso esse indicador sobre o cereal saltou 6,98% passando de R$ 40,54 bi para R$ 43,74 bi basicamente com o cultivo da safrinha. No ranking nacional os melhores desempenhos depois do mato-grossense ficaram com o Paraná, com R$ 26,78 bi; Goiás, com R$ 15,34 bi; Mato Grosso do Sul, com R$ 14,02 bi; Minas Gerais, com R$ 12,06 bi; e Rio Grande do Sul, com R$ 8,66 bi.

Na pecuária bovina nacional o VBP foi de R$ 154,04 bi com retração de 1,3% sobre os R$ 152,83 bi registrados anteriormente. Em Mato Grosso também houve encolhimento. Caiu de R$ 26,24 bi para R$ 25,80 bi ou queda de 1,01%.

O baque nacional do frango foi grande. Caiu de R$ 111,11 bi para R$ 87,19 bi, com redução percentual de 21,63%. Mato Grosso também teve desempenho negativo despencando de R$ 3,66 bi para R$ 2,87 bi ou 33,34%. Os maiores resultados estaduais alcançados foram: Paraná, com R$ 28,92 bi; Rio Grande do Sul, com R$ 10,41 bi; São Paulo, com 9,69 bi; Minas Gerais, com R$ 6,67 bi: e Goiás, com R$ 6,63 bi.

O algodão nacional registra VBC de R$ 38,03 bi superando em 26,32% os R$ 28,16 bi alcançados no período anterior. Em Mato Grosso a cotonicultura saltou de R$ 19,31 bi para R$ 27,69 bi com crescimento de 29,73%. O segundo colocado no ranking é a Bahia, com R$ R$ 7,38 bi e os demais têm pequena movimentação.

A cana-de-açúcar movimentou R$ 117,45 bi no VBP nacional superando o período anterior, de R$ 89,25 bi com crescimento de 23,96%. Mato Grosso saltou de R$ 2,78 bi para R$ 3,08 bi com desempenho 0,90% superior a janeiro do ano passado. Os maiores registros estaduais foram em Goiás, com R$ 11,93 bi; Mato Grosso do Sul, com R$ 7,88 bi; Paraná, com R$ 5,71 bi; e Alagoas, com R$ 2,80 bi.

VBP – Esse indicador apurado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

 

Fonte: Diário de Cuiabá